Até recentemente, a Economia Social era subdimensionada devido à falta de estatísticas uniformes. Para abordar essa lacuna, foi realizado um grande estudo europeu coordenado por EURICSE, CIRIEC e Spatialforesight, no âmbito do Plano de Ação Europeu para a Economia Social, lançado em 2021, onde especialistas de todos os 27 países da UE participaram, utilizando uma metodologia comum alinhada com a definição oficial da Comissão Europeia.
Os principais resultados revelam que existem mais de 4,3 milhões de entidades da Economia Social na UE, das quais 97,5% são cooperativas, mutualidades, associações e fundações. A economia social emprega 11,5 milhões de pessoas, representando 6,3% da população trabalhadora da UE, com mais de 55 milhões de voluntários.
Em 2021, o volume de negócios da Economia Social ultrapassou 912,9 mil milhões de euros, com as cooperativas a representar 71,5% desse valor.
O estudo conclui que é essencial melhorar a definição e delimitação das entidades que compõem a Economia Social, com recomendações para a criação de grupos de trabalho internacionais para padronizar conceitos e indicadores, a atualização do manual europeu ESA 2010 (European System of National and Regional Accounts) e a realização de um Eurobarómetro especial para entender a percepção dos cidadãos sobre a Economia Social. Portugal, França e Polónia são destacados como exemplos de boas práticas na produção de estatísticas do setor.
O impacto da Economia Social na redução da pobreza e exclusão social na União Europeia é significativo, uma vez que esta forma de economia se concentra em promover a inclusão social, a coesão e a igualdade de oportunidades. a economia social na União Europeia não apenas gera emprego e serviços, mas também atua como um motor de transformação social, ajudando a reduzir a pobreza e a exclusão social de forma sustentável e inclusiva.